segunda-feira, 11 de agosto de 2008

A pedra que me acertou (Parte I)

Semana passada conheci um pessoal bem diferente. Eles são amigos do meu amigo Laerte, e com ele fizeram teatro (lá na Lona Cultural de Vista Alegre)... Deixa eu começar do início.
Estava eu fazendo a “figuração” de sempre, sábado passado, quando um click me fez pensar no Laerte, então liguei para ele: _ Amigo tô a fim de fazer algo, mas tô sem um puto, qual a boa?
Animado, como sempre, ele me chamou para passar em sua casa, onde rolava um churrasco para o Pai dele (era aniversário do velho), e para bebermos umas antes de partirmos para o aniversário de um amigo seu em Vista Alegre. Topei na hora, afinal não tinha opções para a noite. Após a misancene lá da casa dele partimos para Vila da Penha, onde encontramos o Breno. O carinha já chegou tocado e Laerte me advertia para entrar no clima dele, pois o povo que freqüentava o local é meio excêntrico e poderiam me discriminar se eu fosse careta, eu. Chegamos ao apê da Márcia, e a encontramos acompanhada do Tio e Mirele. Começaram a encenar e eu a duvidar se faria parte ou não do espetáculo. O Tio da Márcia falava e falava comigo (parecia um inquisidor), me enchia de perguntas que eu ora fingia não ouvir, ora respondia, ou sorria ou o olhava apenas... Ele estava começando a me irritar. No meio da neblina ele se levanta, pega minha mão e me arrasta para um dos quartos. Pânico! O quarto estava tomado de livros, e ele não parava de buzinar a necessidade da consciência negra, de trabalharmos em prol do senso coletivo, e blá-blá-blá... Aquela pele vermelha não me enganou nem um minuto! Ele me ofereceu dois livros: um era de Pierre Verger, acho que foi porque eu havia dito a ele que queria comprar um livro dele, sobre o cincletismo religioso brasileiro, mas que a porra do livro tá quase 200 contos. Então ele me receitou um genérico. O outro dei uma olhada de relance e não me lembro de quem era, só lembro que tinha alguma conotação política e qu'eu não estava com vontade de debater aquilo. Não naquele dia, não naquele cenário nublado em que a Alcione reinava. Talvez um dia eu também lance minha candidatura à presidência da República, mas não seria naquele sábado.
Finalmente os atores decidem ir para a festa, nos despedimos do Tio da Márcia. Porra esqueci o nome do velho! Em outro momento acho que vou gostar dele. Como eu não estava com bolsa, não levei os presentes. Terei que voltar pelo genérico. Na saída me lembrei com quem ele parece. É a cara do Clovis Bornay. Mirele dançava como que possuída e a exorciza-se. Parecia que estavam numa uma catarze coletiva, todos da casa. Seria a música da Marrom? Parece que todos gostam de ouvi-la. Marcia e Breno se atracam.
Peço mais uma canção, e vem o efeito afrodisíaco. Começo a me atracar com alguém do elenco, não consegui a estrela da peça. Pelo menos a cerveja estava gelada. Amanheceu e Alcione deixou de cantar e fomos para casa. A ressaca alvorecia a mente.
Sigo minha semana de figurante quando, na quinta, uma amiga do elenco de apoio me convida para o pagode “Solta essa porra”. Ela sempre me chama e eu sempre arranjo uma desculpa. Não gosto "dessa porra". Mas acabei indo, nunca se sabe quando encontraremos o contexto, cataram? Mas só encontrei Alice, perdida na Lapa e querendo dá um close no Aterro. Agora veja! Alertei que não é legal andar por lá áquelas horas, que essa Cidade não é nada Maravilhosa com os desavisados, ainda mais duas meninas do interior. Mas ela se foi com cara de quem não queria encontrar o caminho de casa. Alice queria se perder naquela noite. Faz cara, mas não é nada bobinha. E o pagode? Foi o erro! Bebi bastante e consegui suportar. E queriam que eu voltasse na sexta e sábado. Ai seria overdose! Ui! Quando chegou na sexta, vi a confirmação de Laerte no meu Orkut para um Vip no Cine. Salvação! Só um bate-estaca para me tirar daquela situação. Estava tudo maravilhoso até que no meio tum-tum-tum, ouvi Alcione gritar! Breno havia chegado e tudo nublou. Bocas foram beijas sem vontade e as que tive vontade não beijei. Uma Deusa, linda, saiu do pedestal, falou comigo, e eu inerte balbuciei algo indecifrável até para mim. Quem mandou ouvir a Alcione, droga! Acabei me atracando com o Breno, que pensanva que eu ia "soltar essa porra". Saímos da Carvena do Dragão ás 7 e blau! Beijo Laerte e Breno (puto), e vou para minha figuração de sábado. Entrei na cochia e tentei dormir enquanto o cenário estava sendo montado. Até quando?

Continua...

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